Passeio a Ferreira do Alentejo - experiência do viajante

Passeio a Ferreira do Alentejo - experiência do viajante

Passeio a Ferreira do Alentejo, 29 de abril

Experiência do Viajante
Por Ricardo Cartaxo
(texto e fotos)

No dia 29 de abril, o nosso destino foi Ferreira do Alentejo, cujo nome, segundo a lenda, se deve ao facto de uma valente mulher, cujo marido era ferreiro, defender a vila dos invasores Bárbaros. O brasão da localidade faz referência a esta lenda.

Uma mulher de armas!
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Bonito logotipo
À chegada à Herdade
O Nuno, nosso anfitrião

Na parte da manhã, deslocámo-nos à Herdade Vale da Rosa, cuja principal produção é uva sem grainha. Bem, na realidade, até têm grainhas, mas são tão atrofiadas que quem come as uvas nem dá por elas! Ao contrário do que pensa, estas uvas não são um produto geneticamente modificado. As primeiras variedades de uva sem grainha surgiram de forma natural na região da Mesopotâmia, sendo a mais popular conhecida por Sultana ou Sultanina.

Com cerca de 300 hectares (aproximadamente 300 campos de futebol), a Vale da Rosa produz cerca de 20 variedades de uvas, estando a ser testadas cerca de meia centena.

Aprendendo na loja…
… e no trator!
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Vinhas em pérgola
Vinho? Não, vinagre!

Fomos recebidos pelo bem-humorado Nuno, que nos deu estas e outras explicações, primeiro na loja da propriedade e, depois, num passeio de trator pelas vinhas da herdade. 

O método de produção das vinhas da Vale da Rosa baseia-se no sistema pérgula, constituído por vinhas altas, em latada, cobertas por redes e plásticos que promovem um microambiente favorável ao desenvolvimento das uvas.

Assim, consegue-se obter um período de colheita alargado, que começa geralmente em finais de junho, inícios de Julho, prolongando-se até finais de novembro e proteger a vinha das adversidades climatéricas.

No final da visita, voltámos à loja para degustar e comprar produtos ali produzidos. Ainda antes do almoço, fomos até à zona de fabrico de vinagres, onde a Liliana nos falou sobre esta produção.

Logotipo do Município de Ferreira do Alentejo
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Belo repasto no Casarão
Capela do Calvário

Já com os estômagos a ansiar pelo almoço, saímos em direção ao centro de Ferreira do Alentejo, para nos restaurarmos no ‘Casarão’. No caminho, passámos pela Capela do Calvário, ex-libris desta vila e que consta no logotipo do município. 

De estômagos atestados, partimos para a antiga taberna do Ti Zelito, agora transformada em espaço museológico. Aí, não bebemos vinho, mas sim conhecimentos sobre o cante alentejano e a sua ligação às tabernas. A fonte foi o Francisco, que ainda nos haveria de guiar pelas ruas da vila até ao Museu Municipal. Pelo caminho, fomos tomando conhecimento de alguns factos interessantes sobre esta localidade alentejana.

Foto de grupo na antiga Taberna Zé Lelito
O Francisco fazendo visita guiada pela vila
As ervas aromáticas são muito usadas na gastronomia alentejana

Já no Museu Municipal, o Francisco fez um resumo da História local e mostrou-se preocupado com a situação atual da agricultura, em que predomina a monocultura do olival, o que não permite a fixação de mais população, dada a sazonalidade das suas atividades.

Passeio a Ferreira do Alentejo, 29 de abril

Experiência do Viajante
Por Ricardo Cartaxo (texto e fotos)

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